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Evangelho

Apostila de Estudos do Evangelho de Lucas




Atualizado em 09/01/2025

Aula 2- Anúncio Nascimento João Batista 

(Lucas 1:6-13) 

1:6 Ambos eram justos perante Deus e, de modo irrepreensível, observavam os preceitos e mandamentos do Senhor. 1:7 Não tinham filhos, porque Elisabet (Isabel) era estéril e ambos de idade avançada. 1:8 E aconteceu que, enquanto exercia o ofício de sacerdote perante Deus, na ordem do seu turno, 1:9 foi sorteado, segundo o costume sacerdotal, para queimar a oferta do incenso, ao entrar no Santuário do Senhor. 1:10 A assembleia do povo, na hora da oferta do incenso, aguardava do lado de fora, orando. 1:11 Apareceu-lhe, então, um anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.  

Havia um casal, já de idade avançada, que não tinha filhos. Eram Zacarias e Isabel. Zacarias era sacerdote, e num dia em que estava no serviço sacerdotal, no templo, queimando incenso enquanto o povo orava do lado de fora, apareceu a Zacarias um anjo.   

Anjo quer dizer mensageiro, nada mais que isso.  

Os anjos mencionados na Bíblia são, na maioria das vezes, espíritos desencarnados, espíritos que se manifestam para dar mensagens, como acontece em reuniões mediúnicas, em quaisquer manifestações religiosas ou mesmo em circunstâncias que não têm nada a ver com religião, já que a religião é invenção do homem, mas o espírito é Criação de Deus - está em toda parte em todo tempo.  

Há passagens em que a palavra grega ággelos se refere a espíritos encarnados.  

1:12 Vendo-o, Zacarias perturbou-se, e caiu temor sobre ele. 1:13 Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua súplica foi ouvida, e Elisabet (Isabel), tua mulher, te gerará um filho, a quem darás o nome de João.   

Então apareceu um anjo, um mensageiro, para dizer a Zacarias que Isabel iria engravidar, apesar da sua idade, e daria à luz um menino que deveria se chamar João.   

O anjo foi visto, provavelmente, através da clarividência de Zacarias. É interessante notar que muitas vezes, na Bíblia, quando há manifestações de espíritos, sejam eles chamados de espíritos, de anjos ou deus, no caso de Jeová, é citada uma nuvem.  

Sabemos se tratar do ectoplasma, um fluido denso, animalizado, produzido apenas pelos espíritos encarnados, e que permite que os espíritos desencarnados tomem a mesma forma e se manifestem com a aparência semelhante aos encarnados.  

Mas, no caso em análise, não é citada nenhuma nuvem. Acreditamos, então, que Zacarias era médium clarividente, que é aquele que vê pelos olhos da mente. Em alguns casos pode ver o espírito como se ele estivesse ali em carne e osso. 

Para quem acha estranho que o anjo seja um espírito como qualquer outro, vale lembrar que Gabriel, que é como o anjo se apresentou, quer dizer “homem de Deus”. Ora, qualquer espírito é um homem de Deus, principalmente se estiver fazendo a Vontade de Deus.   

No versículo 5, Zacarias é apresentado como um sacerdote e Isabel é apresentada como descendente de Arão.   

Arão foi irmão de Moisés, o legislador do judaísmo. Arão foi o primeiro sumo sacerdote judeu, foi quem deu origem à classe sacerdotal.   

Zacarias e Isabel, então, representam a religião daquele tempo, que estava com a idade avançada e não dava frutos. A religião da época era como Zacarias e Isabel, que não tinham filhos. A religião da época era estéril assim como o casal Zacarias e Isabel.   

É bom lembrar que naquele tempo, e para aquele povo em especial, a infertilidade era considerada um castigo de Deus. Ao anunciar o nascimento de um filho a Zacarias, o espírito Gabriel está dando a notícia de uma nova oportunidade oferecida por Deus aos homens apesar da sua infertilidade religiosa.  

A história de Zacarias e Isabel é muito semelhante à história de Abraão e Sara, relatada no Gênesis. Abraão e Sara também eram velhos e não tinham herdeiros. Mas Deus, pelo proceder reto e justo de Abraão, o escolhe para ser o formador do seu povo.   

Toda a história bíblica dos hebreus, mais tarde chamados judeus, começa com Abraão. Claro que não podemos compreender tudo isso ao pé da letra. Deus não escolhe ninguém. Se Deus escolhesse alguém estaria sendo parcial, e então não seria Deus.   

Somos nós que nos escolhemos através dos nossos pensamentos, palavras e ações corretos.  

João Batista, filho de Zacarias e Isabel, que foi anunciado pelo anjo ou espírito Gabriel, foi o precursor de Jesus, foi quem anunciou Jesus, foi quem preparou o caminho para Jesus.   

Por isso a ideia de Lucas de citar os pais de João Batista, Zacarias e Isabel. João Batista descendia de uma classe sacerdotal, era o profeta por excelência e prepara o caminho para Jesus.   

Assim podemos ver que a religião preparou o caminho para a compreensão do ensino de Jesus. João Batista representa o ápice de um processo de conscientização conhecido como religião, que culmina com a religação com Deus através da assimilação do ensino de Jesus. Lembramos que a palavra religião vem do latim religare, significando exatamente a religação, o retorno da criatura ao Criador.  

A religião sacerdotal, cerimonial, ritualística e tradicional foi necessária como preparação para o entendimento do ensino de Jesus. Mas Jesus não tem nada a ver com religião no sentido tradicional. Jesus não fundou nenhuma religião e o ensino de Jesus não depende, de maneira alguma, de que a pessoa que o estude seja religiosa. Não há a menor necessidade de religião para compreender e seguir o ensino de Jesus.  
O espírito ou anjo que apareceu a Zacarias diz que João, que ia nascer, não iria beber vinho nem qualquer bebida embriagante, ou seja, nenhuma bebida alcoólica, e estaria desde o ventre da sua mãe “cheio do espírito santo”. Isso quer dizer que João Batista era um nazireu, ou seja, um homem consagrado a Deus.   

Um exemplo conhecido de nazireu foi Sansão, que tinha a força simbolizada nos seus cabelos, porque os cabelos compridos simbolizavam o seu voto a Deus, a sua consagração a Deus. Tanto é que quando Dalila traiu Sansão essa traição consistiu em lhe cortar os cabelos.  

ESCRIBAS – Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus na reprovação que lançava aos fariseus. 

ESSÊNIOS OU ESSEUS – Também seita judia fundada cerca do ano 150 antes de Jesus-Cristo, ao tempo dos Macabeus, e cujos membros, habitando uma espécie de mosteiros, formavam entre si uma como associação moral e religiosa. Distinguiam-se pelos costumes brandos e por austeras virtudes, ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da alma e acreditavam na ressurreição.  

Viviam em celibato, condenavam a escravidão e a guerra, punham em comunhão os seus bens e se entregavam à agricultura. Contrários aos saduceus sensuais, que negavam a imortalidade; aos fariseus de rígidas práticas exteriores e de virtudes apenas aparentes, nunca os essênios tomaram parte nas querelas que tornaram antagonistas aquelas duas outras seitas.  

Pelo gênero de vida que levavam, assemelhavam-se muito aos primeiros cristãos, e os princípios da moral que professavam induziram muitas pessoas a supor que Jesus, antes de dar começo à sua missão pública, lhes pertencera à comunidade. É certo que ele há de tê-la conhecido, mas nada prova que se lhe houvesse filiado, sendo, pois, hipotético tudo quanto a esse respeito se escreveu.   

FARISEUS (do hebreu parush, divisão, separação).  

– A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornada artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. 

Entre essas seitas, a mais influente era a dos fariseus, que teve por chefe Hillel   , doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre, onde se ensinava que só se devia depositar fé nas Escrituras. Sua origem remonta a 180 ou 200 anos antes de Jesus-Cristo.  

Os fariseus, em diversas épocas, foram perseguidos, especialmente sob Hircano – soberano pontífice e rei dos judeus –, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Este último, porém, lhes deferiu honras e restituiu os bens, de sorte que eles readquiriram o antigo poderio e o conservaram até à ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época em que se lhes apagou o nome, em consequência da dispersão dos judeus. 

Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação.  

Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém. 

Acreditavam, ou, pelo menos, fingiam acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. (Cap. IV, nº 4.) Jesus, que prezava, sobretudo, a simplicidade e as qualidades da alma, que, na lei, preferia o espírito, que vivifica, à letra, que mata, se aplicou, durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, pelo que tinha neles encarniçados inimigos. Essa a razão por que se ligaram aos príncipes dos sacerdotes para amotinar contra ele o povo e eliminá-lo.  

NAZARENOS – Nome dado, na antiga lei, aos judeus que faziam voto, ou perpétuo ou temporário, de guardar perfeita pureza. Eles se comprometiam a observar a castidade, a abster-se de bebidas alcoólicas e a conservar a cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos. 

Mais tarde, os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. 

Também foi essa a denominação de uma seita herética dos primeiros séculos da era cristã, a qual, do mesmo modo que os ebionitas, de quem adotava certos princípios, misturava as práticas do mosaísmo com os dogmas cristãos, seita essa que desapareceu no século quarto. 

PORTAGEIROS – Eram os arrecadadores de baixa categoria, incumbidos principalmente da cobrança dos direitos de entrada nas cidades. Suas funções correspondiam mais ou menos à dos empregados de alfândega e recebedores dos direitos de barreira. Compartilhavam da repulsa que pesava sobre os publicanos em geral.  

Essa a razão por que, no Evangelho, se depara frequentemente com a palavra publicano ao lado da expressão gente de má vida. Tal qualificação não implicava a de debochados ou vagabundos. Era um termo de desprezo, sinônimo de gente de má companhia, gente indigna de conviver com pessoas distintas.  

PUBLICANOS – Eram assim chamados, na antiga Roma, os cavalheiros arrendatários das taxas públicas, incumbidos da cobrança dos impostos e das rendas de toda espécie, quer em Roma mesma, quer nas outras partes do Império. Eram como os arrendatários gerais e arrematadores de taxas do antigo regímen na França e que ainda existem nalgumas regiões.  

Os riscos a que estavam sujeitos faziam que os olhos se fechassem para as riquezas que muitas vezes adquiriam e que, da parte de alguns, eram frutos de exações e de lucros escandalosos. O nome de publicano se estendeu mais tarde a todos os que superintendiam os dinheiros públicos e aos agentes subalternos.  

Hoje esse termo se emprega em sentido pejorativo, para designar os financistas e os agentes pouco escrupulosos de negócios. Diz-se por vezes: “Ávido como um publicano, rico como um publicano”, com referência a riquezas de mau quilate. 

De toda a dominação romana, o imposto foi o que os judeus mais dificilmente aceitaram e o que mais irritação causou entre eles. Daí nasceram várias revoltas, fazendo-se do caso uma questão religiosa, por ser considerada contrária à Lei. Constituiu-se, mesmo, um partido poderoso, a cuja frente se pôs um certo Judá, apelidado o Gaulonita, tendo por princípio o não pagamento do imposto.  

Os judeus, pois, abominavam a este e, como consequência, a todos os que eram encarregados de arrecadá-lo, donde a aversão que votavam aos publicanos de todas as categorias, entre os quais podiam encontrar-se pessoas muito estimáveis, mas que, em virtude das suas funções, eram desprezadas, assim como os que com elas mantinham relações, os quais se viam atingidos pela mesma reprovação. 

Os judeus de destaque consideravam um comprometimento ter com eles intimidade. 

SADUCEUS – Seita judia, que se formou por volta do ano 248 antes de Jesus-Cristo e cujo nome lhe veio do de Sadoc, seu fundador. Não criam na imortalidade, nem na ressurreição, nem nos anjos bons e maus. Entretanto, criam em Deus; nada, porém, esperando após a morte, só o serviam tendo em vista recompensas temporais, ao que, segundo eles, se limitava a providência divina.  

Assim pensando, tinham a satisfação dos sentidos físicos por objetivo essencial da vida. Quanto às Escrituras, atinham-se ao texto da lei antiga. Não admitiam a tradição, nem interpretações quaisquer. Colocavam as boas obras e a observância pura e simples da Lei acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Seita pouco numerosa, mas que contava em seu seio importantes personagens e se tornou um partido político oposto constantemente aos fariseus. 

SAMARITANOS – Após o cisma das dez tribos, Samaria se constituiu a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída várias vezes, tornou-se, sob os romanos, a cabeça da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, chamado o Grande, a embelezou de suntuosos monumentos e, para lisonjear Augusto, lhe deu o nome de Augusta, em grego Sebaste. 

Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. Aqueles, para tornarem maior a cisão e não terem de vir a Jerusalém pela celebração das festas religiosas, construíram para si um templo particular e adotaram algumas reformas.  

Somente admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esse foram posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebraicos da mais alta antiguidade. Para os judeus ortodoxos, eles eram heréticos e, portanto, desprezados, anatematizados e perseguidos.  

O antagonismo das duas nações tinha, pois, por fundamento único a divergência das opiniões religiosas; se bem fosse a mesma a origem das crenças de uma e outra. Eram os protestantes desse tempo. 

Ainda hoje se encontram samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Nablus e em Jafa. Observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros judeus e só entre si contraem alianças. 

SINAGOGA (do grego synagogê, assembleia, congregação).  

– Um único templo havia na Judeia, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, lá iam em peregrinação para as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Por ocasião dessas festas é que Jesus também costumava ir lá.  

As outras cidades não possuíam templos, mas, apenas, sinagogas: edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados, para fazer preces públicas, sob a chefia dos anciães, dos escribas, ou doutores da Lei. Nelas também se realizavam leituras dos livros sagrados, seguidas de explicações e comentários, atividades das quais qualquer pessoa podia participar. Por isso é que Jesus, sem ser sacerdote, ensinava aos sábados nas sinagogas. 

Desde a ruína de Jerusalém e a dispersão dos judeus, as sinagogas, nas cidades por eles habitadas, servem-lhes de templos para a celebração do culto. 

TERAPEUTAS - (do grego therapeutai, formado de therapeuein, servir, cuidar, isto é: servidores de Deus, ou curadores).  

– Eram sectários judeus contemporâneos do Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham muita relação com os essênios, cujos princípios adotavam, aplicando-se, como esses últimos, à prática de todas as virtudes. Eram de extrema frugalidade na alimentação.  

Também celibatários, votados à contemplação e vivendo vida solitária, constituíam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico, de Alexandria, foi o primeiro a falar dos terapeutas, considerando-os uma seita do judaísmo. Eusébio, S. Jerônimo e outros Pais da Igreja pensam que eles eram cristãos. Fossem tais, ou fossem judeus, o que é evidente é que, do mesmo modo que os essênios, eles representam o traço de união entre o Judaísmo e o Cristianismo. 
O extermínio dos infiéis, para que os demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus, ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura. 

E acrescentou: Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. 

Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades. 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC 

II – JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO 

171. Sobre o que se funda o dogma da reencarnação? 

R: – Sobre a justiça de Deus e a revelação, pois não nos cansamos de repetir: um bom pai deixa sempre aos filhos uma porta aberta ao arrependimento. A razão nos diz que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna aqueles cujo melhoramento não dependeu deles mesmos?  

Todos os homens não são filhos de Deus? Somente entre os homens egoístas é que se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem perdão. 

Comentário de Kardec: Todos os Espíritos tendem à perfeição, e Deus lhes proporciona os meios de consegui-la com as provas da vida corpórea. Mas, na sua justiça, permite-lhes realizar, em novas existências, aquilo que não puderam fazer ou acabar numa primeira prova. 

Não estaria de acordo com a equidade, nem segundo a bondade de Deus, castigar para sempre aqueles que encontraram obstáculos ao seu melhoramento, independentemente de sua vontade, no próprio meio em que foram colocadas. Se a sorte do homem fosse irrevogavelmente fixada após a sua morte, Deus não teria pesado as ações de todos na mesma balança e não os teria tratado com imparcialidade. 

A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior; a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os Espíritos nos ensinam. 

O homem que tem a consciência da sua inferioridade encontra na doutrina da reencarnação uma consoladora esperança. Se crê na justiça de Deus, não pode esperar que, por toda a eternidade, haja de ser igual aos que agiram melhor do que ele.  

O pensamento de que essa inferioridade não o deserdará para sempre do bem supremo, e de que ele poderá conquistá-la através de novos esforços, o ampara e lhe reanima a coragem. Qual é aquele que no fim da sua carreira, não lamenta ter adquirido demasiado tarde uma experiência que já não pode aproveitar? Pois esta experiência tardia não estará perdida: ele a aproveitará numa nova existência. 

o extermínio dos infiéis, para que os demais ganhassem a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus, ao passo que, segundo a nova lei, o céu se ganha pela caridade e pela brandura. 

E acrescentou: Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. 

Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, claramente dizem que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades. 


 
 LIVRO EM ESTUDO   Apostila de Estudos Evangelho de Lucas
 LIVRO TEMA:   O SEGUNDO EVANGELHO OU ESPIRITISMO




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