Seg, 05 de Maio de 2025
Rua Delfino Facchina, 61 (Cidade Ademar) - Americanópolis - São Paulo/SP - CEP 04409-080
Renuniões Públicas
Manhã: Domingo das 08hs30 às 10hs00
Tarde: 2ª e Sábado das 14hs30 às 16hs00
Noite: 4ª e 5ª das 20hs30 às 21hs30 
 
Renuniões Públicas
Manhã: Domingo das 08hs30 às 10hs00
Tarde: 2ª e Sábado das 14hs30 às 16hs00
Noite: 4ª e 5ª das 20hs30 às 21hs30 
 

Apostila do Evangelho de João

Conteúdo dos Evangelhos




Atualizado em: 06/05/2025

1- Cap.1- Prólogo (1:19 a 28) 

A.3- Testemunho Batista-P.2 

(Mesmo assunto em: Mt 3:1-12; Mc 1:2-8; Lc 3:15-17) 

Texto do Evangelho de João: 

1:19 Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém, para o interrogarem: Quem és tu? 1:20 Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. 1:21 E interrogaram-no: Então, quem {és}? Tu és Elias? Ele diz: Não sou. Tu és o Profeta? Respondeu: Não. 1:22 Disseram-lhe, então: Quem és, para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes a respeito de ti mesmo? 1:23 Disse: Eu sou Voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. 1:24 E os que tinham sido enviados eram dos fariseus. 1:25 Interrogaram-no, e disseram-lhe: Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta? 1:26 Respondeu-lhes João, dizendo: Eu mergulho1 na água. No meio de vós, está quem vós não conheceis, 1:27 aquele que vem depois de mim, do qual não sou digno de desatar a correia das sandálias. 1:28 Estas {coisas} ocorreram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando2. 

Comentários sobre o texto: 

Ele sabia, ao transmitir as suas lições, que não provocaria evolução espiritual no homem através de uma enorme violência. A coisa teria um curso normal, lento e gradativo, já que o ser humano adquiriu, com a sua maioridade de raciocínio, o direito do livre arbítrio, da livre escolha. 

O homem cresce, não mais por atos impensados, como os que decorrem dos instintos, mas por decisões livres e próprias, uma vez que deixou de reagir mecanicamente, para agir e reagir por decisão própria, espontânea, fazendo do aperfeiçoamento uma conquista pessoal. 

Por isso, o Evangelho deve integrar-se na personalidade. É necessário vivenciá-lo! 

QUEM É VOCÊ?  

Eis João, o Batista, pressionado para definir-se! 

É que o Cristo foi aguardado por muitos povos. 

Sem que recorramos às crônicas de outros povos da Antiguidade, bastará uma leitura, mesmo que rápida, de livros do Velho Testamento, para que deparemos com as profecias sobre a vinda do Senhor para ser glorificado como o Cordeiro de Deus.  

No templo de Jerusalém, portanto, era Ele tema de diálogos. 

Ao mesmo tempo, porém, que o aguardavam, os doutores da Lei, confundidos com a vaidade orgulhosa, esperavam o Senhor como sendo alguém que viria proclamar a superioridade de Israel sobre todos os povos e operar toda sorte de milagres e prodígios. 

Essa expectativa, frustrada tantas vezes por falsos profetas que compareciam a essas plagas, explica a razão de os judeus terem enviado sacerdotes e levitas para descobrir quem era João, o Batista. 

Se os homens, em seus conceitos e desejos, aguardavam a vinda do Senhor, assim como quem espera um Soberano Todo-Poderoso, as Sombras Espirituais tramavam para que o Cristo tivesse retardada a sua ação regeneradora, para garantir mais longo tempo para o império do mal sobre a face da Terra. 

Diante da indagação direta sobre quem era ele, João não hesitou em afirmar que ele não era o Cristo, o Mestre que haveria de vir, embora estivesse ajustado ao trabalho de balizamento da vinda d’Ele. 

Convém refletir nessa atitude. 

O obreiro, ajustado à sua tarefa, não deverá querer tomar o lugar do Senhor no tocante ao trabalho de redenção da Humanidade terrena e, menos ainda, há de querer fazer doutrina própria. 

VOCÊ É ELIAS? 

Se João, o Batista, afirmava não ser o Cristo, mas apenas aquele que anunciava a vinda do Senhor, nada mais justo aos sacerdotes e levitas levantarem a indagação que fazia parte de sua tradição religiosa: Porventura é você Elias? 

É que nos anúncios proféticos de Malaquias, também estudados no templo de Jerusalém pelos doutores da Lei, havia uma referência clara e direta, afirmando que o Cristo seria precedido pelo profeta Elias, como você mesmo poderá ler: 

“Vou mandar o meu mensageiro para preparar o caminho. E imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança (Ml, 3,1). 

“Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor, e ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não ferirei mais de interdito a Terra” (Ml, 3,23). 

Eles não sabiam, porém, como viria Elias. 

A noção de reencarnação, que os hebreus haviam recolhido no antigo Egito, com o escorrer de mais de dois mil anos passou a ser confundida com a ideia de ressurreição, ou seja, com a volta do homem a um mesmo corpo ou a uma mesma forma. 

Além disso, eles se confundiam com a figuração da morte de Elias, descrita no livro II Reis, em seu capítulo 2, qual se Elias houvesse sido arrebatado, com corpo e tudo, para os céus, conforme se lê: 

“Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.” 

Dentro do pensamento mágico dominante, em grande parte da tradição religiosa judaica, e julgando que o Cristo viria como um Senhor de Exércitos, nada mais espetaculoso, e natural dentro desse ângulo da crença, que Elias voltasse à Terra também num carro de fogo, com cavalos de fogo para preparar o caminho do Senhor. 

Como poderiam saber que João era a reencarnação de Elias? 

Sabe-se, por outro lado, que Elias vinha reparar o atroz  holocausto a que submetera os profetas de Baal, conforme você lê: 

“Elias disse-lhes: ‘Tomai agora os profetas de Baal; não deixeis escapar um só deles!’ Tendo-os o povo agarrado, Elias levou-os ao vale de Cison e ali os matou”. 

Nenhuma violência fica impune no tribunal da consciência. 

Nada mais natural, pois, que ao reencarnar para cumprir uma alta missão, buscasse o intrépido Elias resgatar seus equívocos do passado, uma vez que o Senhor não quer a morte do pecador, mas a sua redenção. 

Não nos cabendo, por medida de bom-senso, atrelar conscientemente esta atual reencarnação com as ocorrências de outras vidas passadas e, também, nem tornar público aquilo que poderá ser uma convicção íntima, pessoal, não transferível aos semelhantes, a resposta de João à questão de saber se ele era Elias foi: Não o sou! 

VOCÊ É O PROFETA?  

As indagações, aqui, se repetem. 

Há, nos corações humanos, muita incerteza sobre os desígnios do Pai Celestial, por mais que as suas Leis Morais sejam reveladas às criaturas humanas. 

Se João não era o Cristo, não era Elias, seria o Profeta? 

Em realidade, pela insegurança do conhecimento divino, resultante da mescla com as opiniões humanas, não sabendo os doutores da Lei como poderia Elias retomar para preceder e anunciar a vinda do Cristo, havia uma opinião de que se não fosse Elias o mensageiro seria algum outro Profeta. 

E, pela terceira vez, João responde com um solene: NÃO. 

Um predestinado, no caso das saborosas lições das negações joaninas, nunca se anuncia por si próprio. As suas obras é que falam por ele e somente as obras do bem poderão revelá-lo. 

A humildade é a pedra de toque da superioridade espiritual. 

QUEM É VOCÊ?  

Deveriam, sacerdotes e levitas, conduzir alguma informação definitiva aos poderosos do templo de Jerusalém. E já que João não se negava a informá-los e nem se furtava a ofertar-lhes negativas, convinha recolher uma afirmação. 

E, nessa altura, João, o Batista, falando por verdadeiro código que seria decifrado somente por corações menos preconceituosos que os daqueles sacerdotes e levitas recorre ao Livro da Consolação do Profeta Isaías, dizendo ser “a voz que clama no deserto”, e cujo texto é o que se lê:  

“Consolai, consolai meu povo, diz vosso Deus. 

“Animai Jerusalém, dizei-lhe bem alto que suas lidas estão terminadas, que sua falta está expiada, que recebeu, da mão do Senhor, pena dupla por todos os seus pecados. 

“Uma voz exclama: ‘Abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai reta na estepe, uma pista para nosso Deus. Que todo vale seja aterrado, que toda montanha e colina sejam abaixadas: que os cimos sejam aplainados, que as escarpas sejam niveladas!’ 

“Então a glória do Senhor manifestar-se-á; todas as criaturas juntas apreciarão o esplendor, porque a boca do Senhor o prometeu” (40, 1 a 5). 

Define-se, aí, a tarefa de João, o Batista. 

Era o preparar dos corações, amanhar o solo dos sentimentos, libertar os homens das iniquidades, para que ali se pudessem deitar as sementes generosas da Boa-Nova de que Jesus era o portador. 

Quando João faz remissão ao profeta Isaías, está reproduzindo o grande drama dos corações humanos que anseiam pelo Senhor, evocando as suas graças para todos os nossos caprichos e para todos os delírios de nossa alma. 

Queremos paz e vivemos sob o fogo de inquietações. 

Desejamos trazer o Cristo a nós, sem atentar para a necessidade de “endireitar os caminhos” por onde o Senhor poderia ter acesso ao nosso coração intranquilo. 

Como querer que o Senhor seja um coautor de desvarios? 

Diz Emmanuel: (1) “Se queres que o Senhor venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua benção”   

POR QUE VOCÊ BATIZA? 

João, diante da rudeza dos tempos e dos homens, empreendia uma vigorosa convocação de todos para que se apresentassem para a bênção que Jesus nos trazia. 

Agia, contudo, com bastante consciência de seus atos. 

Descobria os corações que já estavam próximos da compreensão da mensagem Divina que viria com Jesus e os iniciava, dentro dos rituais próprios da época, com um batismo em água.  

A inovação, com a iniciação através do Espírito, ou, na linguagem moderna, na iniciação da criatura através da faculdade mediúnica, viria, após ele, através do próprio Cristo. 

É significativa, contudo, a afirmação: 

— Eu batizo em água. Mas no meio dos senhores está quem os senhores não conhecem. Esse é o que vem depois de mim e de quem eu não sou digno de desatar-lhe a correia das sandálias. 

 

Apostila do Evangelho de João

Click no link abaixo, para ver o livro

 LIVRO EM ESTUDO  APOSTILA DO EVANGELHO DE JOÃO