Mediunidade
TEORIA DA MEDIUNIDADE – Zalmino Zimmermann
Atualizado em: 19/03/2024
Segunda Parte
AULA 68: II- NO SERVIÇO MEDIÚNICO – PARTE IV
MODALIDADES DE ATENDIMENTO
Comum nas reuniões mediúnicas de auxílio aos Espíritos, antes do início das atividades mediúnicas, propriamente, a leitura de nome de pessoas encarnadas e desencarnadas, que se recomendam ao atendimento espiritual do grupo.
Trata-se de um trabalho deveras importante, dados os ostensivos resultados que se registram, sendo recomendável que a leitura dos nomes conte com a atenção e as boas vibrações dos presentes, para que a tarefa de ajuda, por parte dos Benfeitores Espirituais, seja mais facilmente executada.
De se lembrar, aliás, que, nessa linha de serviço, certos centros, de acordo com suas normas, adotam um sistema de operação em que o nome das pessoas, que se recomendam, à tarefa de auxílio, são apresentados ao Mentor Espiritual que, através do médium, preside os trabalhos, para o devido atendimento.
Sistema semelhante, mas exclusivamente dedicado ao receituário mediúnico, pode, também, ser encontrado em diversas instituições, com a presença, ou não, do consulente. (478)
Entende-se, desde logo, que esse tipo de atendimento envolve processo, também muito complexo.
Pequeno excerto de uma lição de ANDRÉ LUIZ, a respeito, já serve de amostra das dificuldades e dos extraordinários recursos empregados pelos Mestres Espirituais, nessas tarefas:
“Antes, porém, de começarem o trabalho de resposta às questões formuladas, um grande espelho fluídico foi situado junto da médium, por trabalhadores espirituais da instituição e, na face dele, com espantosa rapidez, cada pessoa ausente, nomeada nas petições da noite, surgia ante o exame dos benfeitores que, à distância, contemplavam-lhe a imagem, recolhiam-lhe os pensamentos e especificavam-lhe as necessidades, oferecendo a solução possível aos pedidos feitos.” (479)
REUNIÕES DE DESOBSESSÃO
Os médiuns e, particularmente, o dirigente e os dialogadores, que formam um grupo dedicado ao serviço de desobsessão, devem ter um razoável conhecimento do processo mediúnico e permanecer atentos aos perigos do caminho, que, aliás, dizem muito com sua qualidade moral. (480)
Valiosa a advertência, nesse sentido, da famosa médium brasileira Yvonne PEREIRA:
“Será necessário que os responsáveis pelos citados trabalhos (de desobsessão) orem e vigiem a cada passo, procedendo no lar e na sociedade como procedem no seu núcleo espírita, ou seja, de acordo com os quesitos que a Doutrina Espírita estabelece como norma moral para seus adeptos, visto que passarão a servir de padrão e exemplo para a emenda dos obsessores; estes prestarão atenção em suas normas de vida diária e somente os respeitarão se neles encontrarem superioridade moral.” (481)
A respeito, ainda, das reuniões de desobsessão, importa ter presente que os pacientes trazidos ao socorro espiritual não devem presenciar os trabalhos mediúnicos realizados a seu benefício.
Em casos de obsidiados que são conduzidos ao centro, já mediunizados por seus obsessores (o que não é raro, ocorrendo, até situações em que o paciente é trazido ao atendimento em estado de transe inconsciente), médiuns bem preparados podem, separadamente, sob a orientação de experiente dialogador, prestar-lhe a necessária ajuda, recebendo o obsessor a fim de que seja esclarecido e encaminhado.
Nesse serviço, por falta, às vezes, de condições de o médium obsidiado expressar-se de forma normal, o obsessor, por intervenção dos Espíritos responsáveis, é normalmente transferido para um dos médiuns presentes, às vezes, com o apoio magnético do dirigente, que, nesse caso, apondo as mãos sobre o obsidiado e o médium disponível, simultaneamente, administrará a transferência do obsessor - “fenômeno da passagem”, nas palavras de Yvonne PEREIRA - para que, se possível, se comunique. (482)
Liberto - provisoriamente, às vezes - da atuação obsessiva, deve o paciente, a seguir, se for o caso, ser encaminhado à necessária aprendizagem, com vistas na sua futura habilitação aos serviços mediúnicos e outros.
ECLOSÕES MEDIÚNICAS PRECOCES
Não raro surgem crianças portando uma sensibilidade mediúnica - às vezes, muito perturbadora - que demanda a necessária atenção.
Como se sabe, até os sete anos de idade, aproximadamente, tempo em que a reencarnação já se consolida, as crianças, pela própria facilidade de se desprenderem, podem ter visões, frequentes, até, do mundo espiritual.
Ocorre que, por vezes, esses fenômenos de vidência são acompanhados dos de audiência, servindo de meio aos obsessores, ou simples galhofeiros, para perturbar não só a criança, como, às vezes, os pais, seguidamente, o principal alvo.
E casos há em que até manifestações psicofônicas podem surgir, provocando perplexidades e temores.
Trazidas ao atendimento espiritual, recomendável que frequentem os trabalhos de passes e que seu nome seja incluído nos programas de atendimento espiritual, para a competente assistência, notando-se que algumas Casas Espíritas, a propósito, contam, inclusive, com serviços mediúnicos de desobsessão dirigidos às crianças.
Totalmente desaconselhável que frequentem as reuniões mediúnicas, devendo-se aguardar seu desenvolvimento físico para quaisquer e eventuais indicações que digam, efetivamente, com o serviço mediúnico.
No que se refere aos jovens adolescentes, importa anotar que há quem defenda sua participação ativa nos trabalhos mediúnicos, com apoio no fato de que, na aurora do Espiritismo, muito se deveu às meninas Fox, Margareth e Kate, com 14 e 11 anos, respectivamente, e das jovens Ruth Japhet e Ermance Dufaux.
Importante lembrar, todavia, que outros eram os tempos, de nobres missionários em tarefa pioneira, a atraírem, por isso mesmo, cuidados especiais por parte da Espiritualidade Superior. Mesmo porque a pouca idade das médiuns, diante do elevado conteúdo das comunicações, contribuiu significativamente para o despertamento do interesse de renomados cientistas e pensadores da época.
Hoje, entretanto, em que se contam aos milhares os Centros Espíritas no mundo, o trabalho mediúnico precoce, com raras exceções, pode atrair efeitos negativos, por falta de conhecimento e preparo.
Conveniente, assim, o tempo ideal para a aprendizagem e o exercício mediúnicos.
MEDIUNIDADE E GESTAÇÃO
Oportunas algumas observações em relação à médium gestante, indecisa, às vezes, quanto à atitude a tomar, diante de seus compromissos com a mediunidade.
Ensina Adolfo BEZERRA DE MENEZES, pela mediunidade de Francisco C. XAVIER, que, na gravidez, devem as médiuns, após o terceiro mês de gestação, “abster-se da ação mediúnica, podendo permanecer, porém, na equipe de serviço espiritual para receberem auxílio”.
Já com relação aos embaraços mensais, nada existe que as impeça de exercer normalmente suas tarefas mediúnicas. (483)
EVOCAÇÕES
Por último, cabe menção às evocações, que ainda chamam a atenção de alguns espíritas.
Compreenda-se, desde logo, que a época das evocações já passou.
Ao tempo de KARDEC, em benefício da obra monumental que construía, a Espiritualidade Superior o permitiu, buscando atender todos os pedidos, ainda que em meio a grandes dificuldades.
Hoje, não só são desnecessárias, como perigosas, favorecendo em grande parte a mistificação, certas manifestações anímicas e, mesmo, dependendo da condição moral do médium, a própria fraude.
Como advertem os Mestres Espirituais, é totalmente impróprio que se provoque ou se force a manifestação mediúnica, que deve, sempre, ser regida pelo princípio da espontaneidade.
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